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Esse é um espaço onde tenho o compromisso e a obrigação de colocar minhas opiniões para aprofundar os mais diversos assuntos, tais como análise político-eleitoral, resenhas de livros e filmes, entre outros, porque apenas com o debate, e a exposição de opiniões contrárias o ser humano pode chegar a suas próprias conclusões. aqui meu lema é: " Não escrevo o que querem ler, mas o que deve ser lido". tenha uma boa leitura, e fique a vontade para comentar.

sábado, 3 de outubro de 2009

Responsabilidade Olímpica





O dia 2 de outubro de 2009 entra para as páginas da História brasileira com uma incrível conquista, quando as 13:51 ( horário de Brasília) é anunciado na Dinamarca que a capital carioca sediará as olimpíadas de 2016. Com 66% dos votos, a cidade do Rio de Janeiro vence Madri (Espanha) numa final emocionante, após Chicago ( EUA) e Tókio ( Japão) serem eliminadas.
O alto nível das cidades concorrentes não intimidou a delegação brasileira, que tinha entre seus membros o Presidente Lula, o Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o Prefeito da cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes, o Rei Pelé entre outros, que fizeram uma campanha apaixonante sendo coroada com uma vitória não apenas para o povo brasileiro, mas para toda a América do Sul que nunca sediou uma olimpíada, fato que pesou bastante como argumento de campanha.
Essa conquista fecha com chave de ouro uma década de grandes eventos esportivos mundiais que têm como plano de fundo a bela paisagem brasileira ( Pan-americano em 2007, Copa do Mundo em 2014).
Economicamente, o Brasil sentiu de imediato com a alta da bolsa de São Paulo, alavancada por ações de empresas de transporte, energia, construção civil e hotelaria. Segundo o Banco Mundial, hoje o Brasil é o 10º na economia do planeta e a previsão para 2016 é que estejamos como o 5º. Um crescimento que surpreendeu várias potências econômicas mundiais que se recuperam da última crise financeira. A expectativa é que a realização desse evento no Brasil seja sentida mesmo após 10 anos, ou seja, é possível que em 2026 o Brasil já não esteja ilustrando países subdesenvolvidos nas páginas dos livros de geografia.
Investimentos econômicos, independência petrolífera ainda maior com a exploração do Pré-sal ou um país mais presente no cenário mundial não serão fatores importantes sem o amadurecimento político ou a responsabilidade na gestão dos recursos públicos. Tais eventos não devem servir como mais uma oportunidade para que recursos públicos sejam desviados e se percam nos labirintos da corrupção, mais importante que uma reforma política será uma campanha popular por uma reforma ética, onde a impunidade seja ceifada de nosso dicionário, que a palavra política não seja um termo pejorativo de descrença popular e que a transparência seja de fato uma constante na gestão pública.
Enfim, a euforia dessa conquista precisa dar lugar a um grande senso crítico e de responsabilidade político-social. A Palavra patriotismo não deve apenas ser um termo usado em eventos esportivos, mas em cada eleição, em cada evento cultural, em cada momento onde nossa brasilidade esteja à flor da pele. Pois apenas com esses elementos o Brasil estará seguro nos trilhos rumo ao 1º mundo.

( Emerson Torres)